Professores reunidos no LAPET no Bloco 3M, em roda de discussão Imagem Maíra Rosa |
Em consonância com o que já vem sendo realizado
há algumas edições dos nossos encontros mensais em que um convidado ou
participante dos fóruns conduz uma prática, no primeiro momento do XVIII Fórum
houve o compartilhamento por Paulo Merisio, que foi professor por nove anos no
curso de Graduação em Teatro da UFU e que hoje é professor da UNIRIO.
Trabalhamos por aproximadamente uma hora com o
entrelaçamento que Paulo propõe entre jogos e a linguagem do melodrama. Nas
palavras de um dos educadores presentes, estivemos "em momentos de
arte", pois como foi mencionado durante o encontro, a ideia é que a
experiência de tais momentos possa ser estimulante para as transformações
metodológicas que cada um de nós vai trilhando no caminho a partir das singularidades
de cada educador com os seus grupos .
Na segunda parte, a partir de cópias de fotos
em contextos escolares ou de aprendizagem em teatro diversos, foi sugerido que
fosse feita uma intervenção plástica ou performática em alguma(s) dessas imagens.
Depois de um tempo para a composição de cada um dos três subgrupos pudemos
apreciá-las e comentá-las em uma "roda de conversas" com a
participação de todos.
Vários temas emergiram, sendo possível destacar
o espaço que tem sido corrente na escola para o trabalho com o Teatro e com a
Arte. Comentamos sobre os contornos do que "está dentro e o que está
fora" das salas de ensino e de aprendizagem e também dos próprios "
muros" da escola.
O próprio lugar do corpo nesse contexto escolar
com suas rotinas e regras. Mais amplamente, chegamos a comentar sobre o lugar
do Teatro e da Arte no próprio mundo e o quanto as contradições são pertinentes
às maneiras (mais ou menos conservadoras) com que as pessoas assumem os seus
papeis dentro de cada instituição.
O quanto os conteúdos que emergem estão
apartados (ou não) da convivência social da criança e do adolescente. Aspectos
ligados a gênero, raça ou ainda morte, violência e sexualidade, embora gritem
em cada realidade, muitas vezes não são enfrentados ou acolhidos.
Além de conversarmos sobre o lugar do corpo e
dos próprios temas, chegamos a debater sobre a própria estrutura dos nossos espaços físicos
de trabalho - a transformação do
possível aqui e as possibilidades arquitetônicas para o futuro. Somos os
ancestrais dos que virão daqui a algumas gerações. Hoje professores de Educação
Física encontram quadras, espaço não existente nas escolas da infância de
alguns de nós. E os professores de Teatro das décadas seguintes encontrarão ateliês
ou outras organizações concretas de espaço?
Em outras ou em similares roupagens essa
conversa tende a retornar. Temos hoje como avanço a possibilidade para os
professores da rede municipal de que os fóruns se constituam em momento de
módulo de formação continuada, conforme consulta realizada recentemente junto à
coordenação de área no CEMEPE.
Na XIX Edição será o Seminário de Ensino e
Aprendizagem em que os educadores que desejarem podem inscrever também seus
trabalhos para compartilhamentos. E nas edições seguintes também podemos trazer
nossas práticas, experimentos, laboratórios, oficinas, questionamentos,
anseios, descobertas e o que mais aprouver....
Acordamos de consultar com a EM Presidente
Itamar Franco ou EM Cecy Cardoso Porfírio a possibilidade de realização do XX
Fórum no final de setembro. Compartilhamos o desejo de que o XXI Fórum seja realizado
no ESEBA em outubro, com o lançamento do Caderno com textos de alguns dos
participantes do Fórum em 2013.
Assim como ao término da tarde, cada um pôde
receber uma cópia do documentário de registro de um ano do projeto para si e
outra para cada escola ali representada. O desejo é que em maio de 2015
possamos lançar como publicação "um portfólio" como resultante dos trabalhos
realizados nas escolas agora em 2014, cuja forma depende da apropriação que
cada um de nós fizer da proposta que está no círculo.
Mais imagens, na fan-page oficial do Partilhas no Facebook.
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