Boletim Informativo-
Momento de fruição -
verbal e visual a partir da apresentação dos alunos do COMUFU.
Primeiro momento
- fruindo
(Trabalho da OFICINA COMUFU conduzida por Eduarda
Pereira, Jonathan Rios e Mariana Montezel, estudantes da disciplina Estágio
Supervisionado IV e Of. Montagem II, primeiro semestre letivo de 2013. Profs. WelligtonMenegaz
e Mário PiragibeEncontrão - SEMANA DE ENCERRAMENTO DO CURSO DE TEATRO – CONEXÃO
TEATRAL XI -21/09/2013 Bloco 3M – Campus Santa Mônica – Uberlândia 2013.Foto:
Rose Martins)
Segundo momento
– fruindo coletivamente
Foto: Maíra Rosa .Desenho de Ronam Vaz
Foto: Maíra Rosa. Desenho : Marcelo Briotto
Foto: Maira Rosa. Desenho Ricardo Arruas.
Foto : Maira Rosa. Desenho Ronam Vaz
Foto Maira Rosa. Desenho : Paulina Caon
Terceiro
Momento: fruição verbal.
Como estímulo
foi feita a seguinte sugestão: se a experiência da fruição da cena fosse uma
imagem, analogia ou metáfora, qual seria? A escolha pode recair sobre um animal,
uma comida ou qualquer outra categoria que ajude acompartilhar o que foi para
cada um(a) o momento de apreciação que foi proposto.
Transcriando conversa:
-
Ali eu vi uma comunidade. Achei muito interessante a mistura de idade.
-Todos
os ingredientes de uma feijoada. Dá pra perceber, se fosse fazer um mapeamento.
-
Dá impressão que eu tenho da cidade - que ali pode ter muitos bairros, sem
ressaltar as diferenças do Caraíba ao Morumbi. Todos estão juntos e com um
mesmo interesse e acho que é saboroso. Todo mundo gosta. Isso, que eu achei
interessante.
-Pra
mim eu vejo um cinema, mas não o filme. Como se fosse o público e comendo
pipoca ou... Eu pensei naquelas balas de tutti
fruttique são azedinhas,sabe?! Que é divertido, mas é solto também. E não é a história que vai contar, como no
cinema, longe da gente. É a gente.
-Eu
não pensei nem em bicho e nem em comida. Quando estava ali assistindo tudo
aquilo, me veio assim: a sensação de possibilidades. Quantas possibilidades. O
que tudo aquilo trazia pra mim. Pras pessoas que estavam ali em volta. A
possibilidade de entrar na roda, de não entrar na roda. Como entrar na roda.
Pra quê estar na roda. Qual era de verdade o meu maior desejo? Era mesmo a
possibilidade de estar ali, de vivenciar aquele momento. Que era isso, de
entrar no cinema de dia e sair de noite. Quando a gente saiu daqui de dentro no
saguão tinha uma cena que era muito forte. A gente chegou lá fora do bloco, a
cena era de muito mais liberdade, porém o tempo era muito quente. O sol era
muito forte, que dava essa mudança, essa caracterização. Acho que foi assim ali
naquele momento. Você falou da feijoada, mas quando você fala as diferenças. Eu
não vi ali, se eu tiver que comparar, eu não vi o Jardim Karaíba ali.
– Um lago, um rio. Flamingos...
–
Que eles ficam voando, assim vendo. Mas porque ele é bonito por si só. Eu fico
pensando, será que o espectador entende que o movimento humano e o espaço por
si só. Ele também tem a sua força, a sua beleza. Pode ser que vai precisar
ainda dessa estrutura do palco, do figurino, do elaborado para que ele olhe com
mais propriedade pra esse corpo. E acaba que aqui ainda dentro desse espaço
fechado, eu fiquei na dúvida, se as pessoas realmente estavam fruindo disso.
Mas por conta também de uma proximidade desses corpos com o espectador. Mas à
medida que eles ganharam espaço. Pelo menos o que me chega, é que o corpo ganha
potencia, amplitude e ele por si só, essas formas, elas já tem uma beleza
destacada. Não sei se deu pra entender.
–
Então correr de lá pra cá. Que coisa linda! Simples assim! Isso já diz muita
coisa. O corpo no espaço. E isso falta muito numa escola. Muito na escola. Esse
corpo que tem um espaço pra si, que pode se jogar, que pode se lançar.
Normalmente são espaços de concreto. Que podem ser reinventados! Devem ser
reinventados, mas porque, eu também estou muito encanado com essa questão da
liberdade. Quando eles vão pra cá. Pra mim, a relação muda. Desde dessa primeira
imagem, uma garota em cima dos outros dizendo o texto do tempo e tal. Diante e
parece que a coisa se potencializa por conta do espaço aberto. E a escola? Ela
vivencia pouco o espaço como lugar de aprendizagem em si, de experiência. É.
–
E a relação de como esse jovem, que é o foco do meu olhar hoje. Ele interfere
naquilo que eu tenho enquanto proposição e como ele espera que aquele momento
seja um lugar de encontro. Eu posso ser tão cruel numa aula de matemática,
quanto o professor de matemática, como numa aula de teatro em que queira ...
–
Exatamente isso, a gente do lado de cá enquanto escola, a gente percebe que não
existe nenhuma, nenhuma, mas nenhuma mesmo ideia de respeito ao corpo. De como
ele chega, de como ele está, de como ele vai, de como ele vem, se ele tem algum
ou nenhum conhecimento que nenhum ... O curso de Teatro ele trata de um
assunto, que na Pedagogia inexiste. É isso que a Gabriela falou, qualquer
escola, que você entrar tem que ter uma carteira atrás da outra e um professor
pra comandar. E o curso de teatro, não só o curso de Teatro, quando você chega
aqui e vê aquilo que você viu hoje, quando eu falei das possibilidades, porque
você não tem que estar um atrás do outro e que aí quando você quebrou tudo. A
comparação pra mim que você disse dos flamingos, olha só como é muito mais
lindo do que qualquer outra coisa e a gente continua nas escolas nesse
desespero pra tornar tudo igual e a gente fica do lado de cá com maior
desespero ainda pra desmanchar isso. Então, eu acho que a palavra é .....
Quarto momento- contando, compartilhando, propondo e
reformulando ações
Algumas trilhas: escolas mapeadas pelo Projeto
Escola Estadual de Uberlandia-
Museu. Bairro Fundinho. Professora Daiane A. Costa
Centro Educacional Maria de Nazaré.
Bairro Custódio Pereira. Professor Ricardo Augusto dos Santos.
Escola Municipal Josiany França.
Bairro Jardim Caraiba. Professor Marcelo Briotto
Ações a serem desenvolvidas no Projeto:
Projeto de Formação de Publico e Espectador